Idade geológica das principais espécies de hominídeos


  • Sahelantropus tchadensis: Descoberto por Ahounta Djimdoumalbaye in 2001 no Chade, no sul do deserto do Saara, estimativas apontam uma idade entre 6 e 7 milhões de anos. Este representa o mais completo crânio com uma capacidade entre 320 e 380cc. Apresenta também uma série de características símias primitivas como pequena caixa craniana e por outro lado características dentárias de hominídeos modernos;
Crânio do Sahelanthropus tchadensis
Imagem: https://netnature.wordpress.com/2016/07/13/sahelanthropus-tchadensis-nosso-ultimo-ancestral-comum-chimpanze-humano-ate-o-momento/

  • Orrorin tugenensi: O osso mostra que o Homem do Milênio tinha pernas fortes. Isso o capacitava a andar ereto. Pelo comprimento dos ossos, calcula-se que o hominídeo era da altura de um chimpanzé. Mas os dentes e a estrutura da mandíbula encontrados, segundo Pickford, o remetem diretamente ao homem moderno. A dentição é bem similar à nossa: pequenos caninos e molares completos. A própria datação em 6 milhões de anos ainda precisa ser comprovada com a análise dos ossos;
  • Ardipithecus ramidus e Ardipithecus ramidus kadabba: Hominídeo datado em 4,4-4,5 milhões de anos. Foi descoberto por Tim White em 1994 na região de Middle Awash na Etiópia. Originalmente incluído entre os Australopitecineos, mas posteriormente verificaram que diferem muito dos Australopithecus, inclusive descartando a hipótese de serem antecessores;
  • Australopithecus anamensis: Esta espécie de hominídeo foi descoberta em 1994 por Maeve Leakey em Kanapoi e Allia Bay, situados ao norte no  Quênia. Foi denominado  Australopithecus anamensis de "anam " que significa " lago " no idioma local de Turkana. Os fósseis de Kanapoi foram datados em 4.2 milhões de anos e os de Allia Bay a 3.9 milhões de anos;
  • Australopithecus afarensis: Até recentemente, o hominídeomais antigo conhecido, e que possui evidência anatômica diagnóstica suficiente, era o Australopithecus afarensis, cujos fósseis foram achados na Etiópia, Tanzânia, e Quênia, sendo a maioria, datado entre 2.9 e 3.9 milhões de anos. Novas descobertas de fósseis mais antigos que o A. afarensis tem sido encontrados na Etiópia, Quênia, e Chade (citadas acima,  Ar. ramidus datados em 4.4 milhões de anos, A. anamensis do Quênia, com idade de 4.2 a 3.9 milhões de anos; e ainda o O. tugenensis no Quênia e S. tchadensis no Chade, com estimativas de 6 a 7 milhões de anos);
  • Australopithecus africanus: A datação desses fósseis foi uma tarefa muito difícil, devido as condições adversas para a datação radiométrica do estrato da caverna. Estimativas indicam o período entre 3,5-2,5 milhões de anos para os A. africanus;
  • Australopithecus aethiopicus: Alan Walker encontrou um crânio em 1985 no lado ocidental do Lago Turkana ao norte da Tanzânia, e o denominou  Australopithecus aethiopicus. O crânio era o mais robusto dos descobertos até o momento, contudo foi datado em 2,5 milhões de anos;
  • Australopithecus boisei: Em 1959, Mary Leakey fez a primeira descoberta de hominídeos na África Oriental no Desfiladeiro de Olduvai na Tanzânia,  que se assemelharam aos A. robustus da África do Sul. Após a reconstituição do crânio a partir de centenas de fragmentos, verificou-se que este espécime era "mais robusto" que seus parentes meridionais. No princípio, foi denominado Zinjanthropus boisei, mas depois passou a Australopithecusa boisei;
  •  Australopithecus robustus: Os A. robustus e espécies relacionadas viveram entre 2 a aproximadamente 1 milhão de anos atrás no Sul e Leste da África. Novas descobertas têm empurrado a idade deles para os 3 milhões de anos atrás. Os crânios maiores com a crista dorsal proeminente deve pertencer a machos;
  • Australopithecus garh: A linhagem dos seres humanos ganhou um novo membro recentemente É um ancestral que viveu há cerca de 2,5 milhões de anos no norte da África. Batizado de Australopithecus garhi, ele compõe um elo inteiramente novo na cadeia evolutiva da espécie. A grande diferença, em relação aos outros ancestrais até então conhecidos, é sua capacidade de usar ferramentas para matar e destrinchar animais. 
Representação do crânio do Aust. garhi
Imagem: http://www.historiasefemeras.com/2016/02/australopitcus-garhi.html





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